sexta-feira, 14 de outubro de 2016

15 de outubro - O dia do professor


15 de outubro - O dia do professor


 (Prof. Vidal de Negreiros Déc. de 1970) Foto MHC

Algumas linhas históricas


O dia 15 de outubro de 1827 foi o dia de lançamento da Lei que cria as Primeiras Letras no Brasil, assinada por D. Pedro I. Esta lei, entre outras coisas, determina a criação de escolas em cidades, vilas e lugares mais populosos. Nela:


Art. 6º Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática, a gramática de língua nacional, e os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos; preferindo para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil. (BRASIL, 1827)


Na Paraíba temos como primeira espaço de educação o Liceu Paraibano, após fundado 1836. Aqueles que neste pedaço no Norte moravam (o Nordeste ainda não era uma palavra/conceito com hoje), buscaram a realização de uma educação na então cidade de Parahyba do Norte e não mais em Recife, Salvador, Rio de Janeiro...

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Mas, quando chegaram nossos primeiros mestres aqui em Cuité? Quais os primeiros espaços utilizados? Cuité apesar ter sua história iniciada a partir de 1768, carece muito de material histórico, digo isto numa escrita mais densa dos mais diversos aspectos: cultural, econômico, social, etc., temos poucos livros e muitos deles numa escrita mais gerais, ainda bem que o temos, mas poderíamos ter outros mais.
           
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Lembro aqui, claro, e envio congratulações, a professora  Danielle Martins que fez um trabalho acadêmico sobre o Vidal de Negreiros, bem como o Professor Charliton Machado que atua nessa área de educação e sempre faz referência a cidade de Cuité e seus personagens.

Entre outras temáticas, busco também contribuir na escrita da História sobre a Educação de Cuité. Em minhas pesquisas, encontrei uma interessante alusão a primeira professora de Cuité, foi a senhoria Maria do rosário Brasileira e Melo em 1867. Antes dela, vários professores foram encontrados no arquivo provincial da Paraíba como indicados a serem educadores na nossa região, digo região porque Cuité por muito tempo compunha a região de nova Barra de Santa Rosa, Sossego, parte de baraúna, Picuí etc.

A história da educação em Cuité é muito grande, professores desde 1842 iniciaram suas lições nestas bandas. E além da história burocratizada (nomes de professores, escolas, fundação, etc, tem as histórias do cotidiano escolar, cada um com as suas e são elas a que entendo, as mais importantes. Claro que a reunião das escolas isoladas, criando o Vidal em 1942 é um marco, o Instituto América, o Colégio Clóvis Lima têm os seus méritos, mas digo das coisas do dia-a-dia, os pequenos lugares, as brincadeiras, etc. Diariamente renasciam as experiências, o aprender, o brincar e viver em grupo, os poderes ditos e as burlas insistidas espero saber e escrever mais sobre isto.

Queria fazer apenas um comentário e já estou estendendo o texto, assim, convido para você também buscar mais sobre a história da educação: vá no Museu do Homem do Curimataú, pergunte aos seus pais, converse com colegas e vamos somando os casos e causos escolares. Estamos (Professor Zito, Professor José Pereira e Eu) com um texto sobre a educação cuiteense em processo de publicação, por isso não adiantei outas coisas, mas interessante é que todo dia tem algo novo chegando aos nossos ouvidos: sobre a prova de admissão, o drible de uma ocasião engraçada, o desfile de setembro, um noitário e assim vai...

Ficamos, alegres neste dia por lembrarmos dos nossos professores, homens e mulheres que todos os dias agüentam classes cheias, mas com paciência desviam os problemas e se enchem de forças para continuar ensinando. Soldados do conhecimento, que lutam por dias melhores, porque dentre tantas coisas negativas que existem pela vida, para levar as crianças e jovens para caminhos ruins, o conhecimento, ao contrário, dá asas, conteúdo e força para trilhar sem medo e olhando para frente no intuito da certeza de encontrar águas boas no futuro.

Viva os professores do Brasil, viva os professores paraibanos e cuiteenses, que todos os dias nossos mestres sejam lembrados, pois formal ou informalmente todo mundo tem ou teve o seu professor.


Israel Araújo

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