segunda-feira, 25 de outubro de 2021

  Projeto Segunda Poética - 05




Nesta segunda vamos apreciar o cordel com as belezas da Serra de Cuité. Desta terra linda e de povo forte.


O autor é:

Edigar Pereira da Silva

Natural de Coronel Ezequiel-RN

✓Empreendedor rural

✓Artesão

✓Educador popular  pelo CEFES/NE

.✓Fez Regionalização de turismo pela UFSC

✓Gestão de conflitos pelo IADH

✓Moderador do Canal Espaço Terreiro Caipira.

 ✓Moderador do Canal Pedalando Na serra.


Ficha técnica:

Edgar Abençoado - cordelista

Alef Medeiros e Darley Matias - Filmagem, edição e artes.

Israel Araújo - Direção 

Jesse Soares é  Joaria Moura - apoio de produção.

Paulo Henrique  e Marcos Silva - Canal YouTube. 

Jesiel Ferreira Gomes - Revisão Geral.






segunda-feira, 18 de outubro de 2021

 Projeto Segunda Poética - 04



Jessé Soares dos Santos, 38 anos, natural de Cuité - PB, começou seu gosto pela poesia ainda na infância, escreveu alguns poemas a mais de 10 anos atrás,  teve como referência artística a dupla de músicos os Nonatos e o poeta cuiteense Niedson Lua.
Tem como inspiração para seus poemas, relatos da própria vida e coisas da natureza.  Passou muitos anos sem escrever por desmotivação, mas tem retomado o gosto pela poesia  depois do lançamento do projeto segunda poética.

Poesia: os juros da jura
Poeta: Jesse Soares
Imagens e edição: Alef e Darley
Direcao: Israel e Joaria
Revisão: Jesiel





segunda-feira, 11 de outubro de 2021


Proejto Segunda Poética - 03


 O senhor José Cleodon de Farias é comerciante, amante das coisas cuiteenses. Apesar de não ter carreira de poeta criou essa bela poesia sobre a árvore de Cuité na década de 1950 e de lá para cá tem sido mote de diversas outras criações, galhos dessa árvore. Flores coloridas, nutridas pelas raízes do povo e da história da cidade que aparecem vez em quando na mente criativa de sua gente.

Poesia: os juros da jura

Poeta: José Cleodon
iInterpretação: Joária Moura
Imagens e edição: Alef e Darley
Direcao: Israel
Revisão: Jesiel




segunda-feira, 4 de outubro de 2021

 Projeto Segunda Poética - 02




Hoje o Projeto Segunda Poética apresenta seu segundo trabalho. Desta vez, o poema do professor Luiz Sodré do CES, com o tema Olho d'água da Bica. O poema exalta as belezas deste espaço natural pertencente ao Centro de Educação e Saúde (CES) componente do Horto Florestal da cidade de Cuité - Paraíba. 

Nele são destacadas pelos versos do poeta as belezas naturais, e preservadas, do Horto da Bica e o quanto é importante cuidar e preservar a natureza. Ainda destaca os encantos que este local tem e que muitos não percebem por conta da venda da rotina, mesmo passando ao lado diariamente, não se dão conta das belezas contidas nesse local. 

Este projeto tem a intenção de sempre ressaltar o trabalho dos poetas regionais, seja em vídeo, áudio, texto, fotografia ou tudo isso junto, como no caso deste trabalho ora apresentado. 

Acompanhe todas as novidades e novos trabalhos que toda segunda estará aqui conosco e nas demais redes dos parceiros desse projeto, que são:  GTi CES (@kleytonklaus), Museu do Homem do Curimataú (@mhccuite), Sistemoteca UFCG (@biblioteca.ufcg) e Biblioteca José Dias dos Santos (@bibliotecacesufcg). 

Agradecemos ao apoio da Universidade Federal de Campina Grande (@ufcg_oficial) e a direção do Centro de Educação e Saúde (@ces_oficial). Siga, comente, curta e compartilhe. Quer ter seu trabalho poético aqui também? Mande um direct para gente!

Créditos:

Direção: Israel Araújo

Narração: Joaria Moura

Produção: Darley Matias, Alef Medeiros e Jessé Soares

Atriz: Iara Lays

Revisão Geral: Jesiel Ferreira Gomes 







 Projeto Segunda Poética - 01



Parceria entre a Bilbioteca da UFCG Campus Cuité e o Museu do Homem do Curimataú, esses equipamentos culturais promovem divulgação de obras e artistas da literatura cuiteenses e da região. O proejto utiliza as mídias sociais para atingir e sesibilizar as pessoas e os próprios artistas sobre o potencial poético de nossa região, Práticas potencializada com a pandemia, mas que contribui, principalmente, com a exposição de obras/diálogos e entrevistas, realizadas pelo proejto através do instagram da Biblioteca @bibliotecacesufcg e do Museu @mhccuite e no youtube pelo canal da Sitemoteca da UFCG. 

Estaremos postando os trabalhos por meio deste blog:


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Poeta Daxinha (in memorian)


 


  Joselito F. de Macêdo, popular Daxinha.

Amante da poesia desde criança, temas diversos, lembranças, causos, críticas e humor fazem de sua obra uma mescilânea de qualidade cultural da mesma autêntica regionalidade. Cuiteense do Sítio Pelado, nos deixou alguns anos atrás. Tinha a grata satisfação e necessidade de expressar seus sentimentos pela poesia.  Com mais de cem obras, esta é uma delas de uma mote visto na televisão: O Batente de Pau de Casarão.

 

 

  O batente de pau do casarão

 

1- Assisti uma dupla repentista

Se apresentando na Tv Diário

No domingo dez e meia era o horário

E Geraldo Amâncio com a lista

Anunciava cada cordelista

O mais baixo seu nome era João

Paraibano, o outro, Sebastião

Dias do Rio Grande do Norte

Que cantaram em um mote muito forte

O batente de pau do casarão

 

2- Fez lembrar-me de minha ex-morada

E daqueles bons tempos de criança

Que estavam gravados na lembrança

Mais eu já não lembrava quase nada

Se repente senti uma fisgada

Que abalou de uma vez meu coração

Da caneta já fui cansando a mão

E pedi forças ao divino Pai Eterno

Para escrever nas páginas do meu caderno

Sobre o batente de pau do casarão

 

3- É que na casa que nasci, meu pai nasceu

E na mesma, meus avós criaram ele

E pelas conversas que ouvi dele

Foi ali que meu bisavô viveu

Mas nem um deles sabia quem a ergueu

E nem quem planejou a construção

Se nos reparos prá sua construção

Sua planta foi ou não modificada

Mas uma peça se manteve inalterada:

Foi o batente de pau do casarão

 

4- falar daquela casa é pra mim

Um motivo de grandes alegrias

Em reviver os meus melhores dias

Que guardei na memória até o fim

Aquela casa foi construída assim

Com quatro janelas na frente e um portão

Ficando em uma direção

Com a frente virada para o norte

Mas a lembrança que sinto muito forte

É do batente de pau do casarão

 

5- lembro que no alpendre da morada

Tinha uma bancada de cimento

No torno, um velho encouramento

E um trilho de se bater enxada

Uma pedra de amolar lá na calçada

E num cambito os arreios do alasão

Lembro até do cadelo tubarão

Cão de guarda da nossa moradia

Não esqueço o local que ele dormia:

No batente de pau do casarão

 

6- para entrar na sala da morada

Se cruzava o batente de aroeira

Se via ao lado uma espreguiçadeira

Que por meu pai era sempre ocupada

Para dar aquela descansada

Todo dia após a refeição

Eu também me deitava ali no chão

E dava uma boa cochilada

Mas com a minha cabeça encostada

No batente de pau do casarão

 

7- foi neste Sítio do Pelado

Que criei-me sem muitas moradias

Apesar de viver sem regalias

Não me sentia inferiorizado

Nunca ouvia um som sofisticado

Sem a imagem de uma televisão

Para mim a única diversão

Que me entretia e animava

Era as histórias que minha mãe contava

No batente de pau do casarão

 

8- como não tínhamos divertimentos

Mamãe prá nos dar mais emoções

Envolvia-nos com novas sensações

Vasculhadas dos seus conhecimentos

Criava até falsos elementos

Como bruchas, guerreiros ou dragão

Caroxinha ou vara de condão

Lobisomem ou reino encantado

E nós atentos ouvindo ao seu lado

No batente de pau do casarão

 

9-criei-me aqui no Curimataú

Desde novo enfrentando desafios

Nessas águas salgadas desses rios

Pesquei muita piaba e sabaru

Aprendi a nadar num mulungu

E vivia como um gererê na mão

Minha mãe me esperando no portão

Para tratar dos peixinhos que eu trazia

Acentadinha em frente a moradia:

No batente de pau do casarão

 

10- nem tudo que passa a gente esquece

Fica sempre gravado na lembrança

E na medida que a idade avança

Alguma passagem permanece

E comigo é isto que acontece

E não sai de minha imaginação

Tem momentos que sinto a sensação

Que estou vendo mamãe lá na calçada

Pelos seus nove filhos rodeada

No batente de pau do casarão

 

11-aquela casa senhores ainda existe

Só que ao adentrar no salão

Se vê é uma “bela” televisão

Dvds, gravadores microsistem

Só uma peça antiga resiste

Comprovando a sua duração

Quando usada em uma construção

Pode tornar-se uma peça milenária

E a prova encontrada nessa área

É o batente de pau do casarão

 

12- na floresta curimatauzeira

Temos cinco espécies resistentes

Que zeladas, frondosas e florescentes

Se destacam de uma tal maneira

O Pereiro, a Baraúna, a Craibeira

E o Angico nascido no sertão

Já provaram para a população

Dão as obras uma vida prolongada

Como a Aroeira está sendo aprovada

Com o batente de pau do casarão

 

13-seria bom que os proprietários

Prá preservarem estas espécies nativas

Criassem ordens proibitivas

Alertando os seus funcionários

Para manterem a conservação

Não levando estas árvores a extinção

Deixando-as crescerem na floresta

Prá no futuro termos peças iguais a esta

Como o batente de pau do casarão

 

14- sabemos que se todos preservarem

Estas árvores da flora brasileira

Dando a prova real verdadeira

Que estão decididos a não cortarem

Quando todos se conscientizarem

que a mata nativa é o pulmão

e oxigênio para a população

poder viverem saudosamente

e ainda nos dá futuramente

outros batentes de pau de casarão

 

 

15-  findo pedindo ao poder judiciário

De todas instâncias do pais

Que queiram ver nosso povo mais feliz

Liberando o programa da Diário

Pois achamos ser mais que necessário

Para nós deste estado co-irmão

Aos domingos termos uma diversão

Com duplas repentistas de primeira

Cantando motes da cultura brasileira

Como o batente de pau do casarão

  

Joselito Macedo: popular Daxinha