sexta-feira, 17 de julho de 2020

Símbolos Municipais

Símbolos Municipais - Cuité/PB

Em comemoração aos 250 anos de fundação de Cuité, fiz a apresentação dos símbolos na Live no grupo do facebook: Memórias de Cuité. Ali detalhei os itens constantes no brasão e disponibilizo abaixo os sliders.

















Para apresentar na sala de aula, se o professor quiser pode baixar o arquivo pptx (power pont).Clicando aqui, tem animações que ajudam a definir o item e a explicação.

17 de Julho: sensações 2020

17 de Julho: sensações 2020


Hoje acordei com um sensação estranha, procurei na internet (agora fazemos isso, para sabermos de alguma coisa, em relação a tudo), vi que estava com topofilia... mas calma é coisa positiva e agora posso explicar a vocês como tudo começou:

Estudava no Orlando Venâncio com meus professores (Demócrito Júnior era um deles), fizemos uma exposição sobre Cuité. Junto com meu colega George, nossa tarefa era fazer um pequeno documentário, sobre a história e as belezas de Cuité e fomos filmar (documento que apenas guardo na memória, a fita... ela... quem sabe...), naquele tempo nada de câmera digital, não tínhamos edição computadorizada, era só Djalma Sales e sua incrível paciência para juntar as imagens com dois vídeos cassete. E a colocação do áudio era na hora, errou perdeu, perdeu tudo. Parece que foram muitos décadas atrás não é? Mas não, 97/98, coisa assim. 

Nosso espaço tinha fotos antigas da cidade, símbolos, vídeo, som e sonhos. Agora entendi... sonhos daqueles professores de terem no futuro o passado mais bem visto. Não sabia naquele momento, mas conversando com Zé Pereira, ele falou que havia o interesse de em Cuité ser instalado um museu, o qual só em 2010 seria inaugurado, mas além disso ficou também em mim a semente de gostar de nossa cidade, de nossa história... e convivo com isso hoje (no museu).

Topofilia é esse sentimento que se aloja em você, seja historiador ou não, esse respeitar o passado é o que chamaríamos de valor patrimonial.


Mas não são apenas prédios antigos, o foco, são as histórias escutadas nas calçadas, as festas dançadas, a vida, os tijolos construídos no passado que nos fazem subir os degraus de hoje, não é um amor ao passado desmedido, é para mim, é... como na tarefa de uma dona de casa, ao arrumá-la: ao pegar num porta retrato, lembra de seus pais, que eles foram imprescindíveis para que ela fosse o que é; entre outras coisas que vai "achando"pela casa É, por fim, ver que a limpeza que faz é para que sua casa permaneça sempre feliz e bonita hoje e que lhe dê sustentação para muitas outras tarefas em casa e fora dela.

Assim ao sair, se sua casa tem um clima bom e agradável, trás lembranças construtivas, ao estar longe, percebe que lhe falta algo: seria seu lar, suas coisas, sua vida, seu espaço...

 

É por isso, que ela, pinta, reforma, melhora, faz festa...

 

Não sei se consegui passar a sensação, que falei no início, mas o dia 17 de julho é um dia diferente, um feriado especial, para todos nós cuiteenses: Parabéns Cuité pelos seus 252 anos de fundação.

 

Se você leu até aqui, você é topofílico igual a mim! kkkkkkkk.


sexta-feira, 26 de junho de 2020

O censo: uma janela para/da História

Quando queremos saber o número de habitantes de um lugar, buscamos rapidamente na internet, que via IBGE o conhecemos. Mas esse número no tempo foi deixando rastros de histórias no tempo, que faz do censo uma janela muito interessante.

Desde períodos anteriores ao nascimento de Cristo, já se demandavam ações censistoriais. Na Bíblia podemos ver trechos desta necessidade: os pais de Jesus, José e Maria partiram de Nazaré para Belém, tendo em vista um censo que fora determinado na época, por isso, Jesus nasce nesta cidade.

Em 2020 o censo domiciliar iria acontecer, mais uma edição do censo nacional, porém tendo em vista a pandemia, foi adiado para 2021.  Seria por meio desta contagem institucional que podemos hoje ter uma noção do quantitativo de pessoas, de produção e geolocalização dos nossos lugares passados.

No brasil, o primeiro o Censo data de 1872, até tentaram realizar antes, mas a população ficou receosa pela ação do governo (houveram muitos movimentos naquele século que faziam qualquer ação ser olhada com “rabo de olho” pela população). Enfim, é por meio dele que podemos ter noção da população do município de Cuité era povoado naquela época.




(IBGE P. 41)

Não quis iniciar com algo mais intenso, com um título chamativo (Escravos Cuiteenses...), mas poderia ter o feito, pois esses quadros mostram quantas pessoas viviam sob o regime escravista, e não só isso, também descrevem também quantas pessoas tiveram a oportunidade de aprender a ler. Assim,  foquei na fonte histórica, mas o repasse da informação pode ter o título que couber.


Vamos lá! Começando pela instrução. vemos que: Cuité tinham no geral 6238 habitantes, destes o governo considerava em idade escolar aqueles que tinham entre 06 e 15 anos, que somavam 1538 habitantes em idade escola, mas destes apenas 13 estavam sendo encaminhados, eram 10 homens e 3 mulheres, certamente filhos de famílias que dispunha de posses. Dados do primeiro quadro.





No assunto escravidão, nos dois primeiros quadros, vemos que eram 260 pessoas sobrevivendo nessa situação, eram 130 homens e 130 mulheres, em maior número com idade ativa. Não tinham instrução e uma, curiosidade (crítica), não havia entre os escravos indivíduos com "defeitos physicos", como descrito no quadro. Façam suas leituras do por quê.

Então, como vemos nossa cidade e zona rural pendia como no contesto à utilização ode mão de obra escrava, claro que falta saber quais as funções destas pessoas, carregadores de água, cuidadores de gado, trabalhadores da agricultura, dos fazeres da casa, muitos devem ter sido as funções. Se houveram revoltas? Provavelemente, mas isto já é uma outra história, que noutra janela buscaremos vestígios.

Referência: 

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Biblioteca. Disponível em <https://memoria.ibge.gov.br/sinteses-historicas/historicos-dos-censos/censos-demograficos.html>; Acesso junho 2020.